quarta-feira, 24 de outubro de 2012


C'est la vie

Demorei muito pra entender o quanto a vida é fantástica. Na verdade eu não demorei tanto assim, acho que 19 anos é um tempo aceitável pra entender essa complexidade de relações chamada “vida”. Tem gente que já morreu há anos e mesmo se estivesse vivo ainda assim não teria conseguindo entender. Não estou dizendo que tenho maturidade o suficiente pra lidar com todas as questões que são e ainda serão colocadas para que eu resolva. O que estou dizendo é que talvez nós complicamos o extremamente simples.

Não sabe apreciar a vida quem vive de cara amarrada para o mundo. Conheci uma menina linda, o corpo com as curvas certinhas, um cabelo e um rosto muito bonito. E também é inteligente, mas nunca vi aquela menina rir sem ser por debochar dos outros. Quando ela não está debochando, está de cara amarrada. Não se cuida, não usa roupas apresentáveis pra sair na rua. Não estou dizendo é preciso ter roupas de grife, e caras tudo mais. Só estou dizendo que uma menina nova e bonita poderia ter mais cuidado consigo própria. Ou melhor, na verdade mesmo nada que ela usasse ficaria bem, nem roupas caras de marca. Só aquele olhar de “peixe morto” e de “não queria estar aqui” já estraga toda beleza. Não que a vida seja um mar de rosas como diz o famoso ditado, mas se a gente só pensar em problemas pessoais, problemas da fome, do regime carcerário brasileiro, da miséria mundial, o descaso com a saúde, a corrupção do governo, a extinção de alguns animais, o meio ambiente. Nós sinceramente iríamos pirar. Eu não estou dizendo pra gente “largar de mão” mas também não precisamos deixar de viver essa vida que nos foi oferecida.

Eu falo que entendi a vida, mas não que eu saiba lidar com ela em todos os momentos. Ficar de cara amarrada às vezes é até bom, mas viver assim é se colocar dentro do pior regime carcerário do mundo, e esse te proíbe de ver o quanto tudo também pode ser maravilhoso.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

                    
Coitado do "Não Sei."   

Tenho uma péssima mania de pensamentos negativos, talvez seja pra evitar maiores decepções se algo der errado. O único problema é que lá no fundo do meu coração, clichê, eu sei, mas lá no fundo dele, ou de qualquer lugar que se acomode esse tipo de sentimento tem uma esperança, daquelas bem fortes, é quase como se eu realmente acreditasse que a situação se resolverá da melhor maneira possível e que tudo ficará bem, mas mesmo assim, insisto em dizer pra mim e para as pessoas “não vai dar certo”, “eu não vou passar naquela prova”, “ele não irá me ligar amanhã”, pra ser sincera nem eu mesma sei no que acredito, e não tenho vergonha de usar “não sei” como resposta, ninguém é obrigado a saber de tudo nessa vida, muito menos sobre o que o futuro nos reserva. Se tivesse bola de cristal à venda eu seria a primeira a comprar, pensando melhor, talvez não seria. Está vendo? Eu também não sei se compraria uma bola de cristal que pudesse me mostrar o futuro, e isso não é crime nenhum. Como já dizia aquela música do Engenheiros do Hawaii “a dúvida é o preço da pureza, e é inútil ter certeza.” Pois bem, a dúvida nos faz criar expectativas, falsas ou não, são expectativas, correspondidas ou não, ainda são expectativas, e o que seria de nós sem essas “danadinhas” expectativas. Explicando o termo “danadinhas” é que elas nos pegam de surpresa, fazem a gente acreditar em algo que talvez esteja longe de acontecer ou que talvez nunca aconteça, sem contar os quilos a mais que adquirimos quando a expectativa nos pega. É válido ressaltar que a melhor amiga da expectativa e a mais responsável pelos quilos é a “dona” ansiedade, essa sim tem o poder de destruir o unhas, corpo esbelto e qualquer tipo de neurônico saudável ainda existente no nosso corpo. Mas voltando ao assunto, que eu já nem sei mais onde estava. Pronto, de novo eu não sei, e quer saber de uma coisa? A vida é curta demais pra ficarmos procurando respostas pra tudo o tempo todo, e também ninguém nunca disse que “não sei” não é resposta. Ou disse mas estava errado, pelo menos pra mim está errado. “Não sei” é resposta sim! vai ver você realmente não sabe, vai ver, nós não sabemos mesmo! Coitado do “não sei”.