Esses dias eu estava sentada num barzinho com uma
amiga e mais dois colegas. O assunto da mesa era o ano em que concluiríamos
nosso curso superior. Aí pensei que se tudo desse certo eu terminaria em 2015,
e por já estarmos em 2012 não parecia uma realidade tão distante assim. De
repente, um dos meus colegas soltou uma piadinha.”Do jeito que as coisas vão
indo, me formo em 2020” e quando escutei me peguei assustada. 2020 me pareceu muito longe. O problema todo dessa data é que
me fez refletir onde eu estarei! São tantas águas a serem passadas por debaixo
da ponte. Em poucos meses tantas coisas mudam, em dias as coisas mudam, em
horas, em minutos e as vezes até segundos,quem dirá em vários anos.
Alguns como eu, fazem diversos planos pro futuro, outros
só deixam acontecer. Alguns adoram a vida que levam, estão satisfeitos com seu
curso, com a família que tem, com os amigos que estão ao seu lado, com a cidade
em que vivem, com as viagens que fazem, com as festas e lugares que frequentam.
Outros só desejam mudar de vida. Mudar de ares, mudar tudo. Todo mundo sabe que
a vida não é sempre justa. E a maioria das pessoas não estão satisfeitas com o que a vida ofertou. Todos, por mais que tenham muito, sempre querem mais.
O ser humano é ambicioso, e digo, nós não somos nada
sem um pouco de ganância. Mas precisa ser na medida, aquela ambição exacerbada, só nos destrói, por dentro e por fora. Alguns temem a mudança,
outros rezam para que ela não demore acontecer. Alguns temem ainda mais que essa
mudança decorra de uma ruína e para os que tem medo desse tipo de mudança, cito a seguinte frase do livro Comer, Rezar e amar da autora Elizabeth Gilbert,”A
ruína é uma dádiva. A ruína é o caminho que leva à transformação.”
Talvez as
coisas realmente precisem ser transformas. Se por acaso o mundo parecer
desabar, talvez esteja na hora de começar a fazer tudo novo, de novo.
(Texto escrito em 2012)
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