domingo, 7 de fevereiro de 2016

11 dias na Ilha Esmeralda

Se eu disser que parece que foi ontem que saí do Brasil estaria mentindo. Hoje faz 11 dias que cheguei na Irlanda mas parece que estou aqui há pelo menos 1 mês.
Eu vou tentar em poucas palavras resumir o que tenho sentido nesses dias e as primeiras impressões que tive do país.

Todo mundo fala que a pior parte de fazer um intercâmbio é a despedida no aeroporto. Eu concordo, mas achei que fosse ser tão ruim, me preparei tanto pra isso  que quando chegou a hora eu sofri mas tinha certeza de que estava fazendo a coisa certa. Eu estava indo "embora" mas estava feliz por isso.

Depois de passar por várias conexões e sufocos com imigração eu consegui chegar finalmente em Dublin. Aqui é sempre frio, úmido, cinza e o vento corta a pele e machuca. Mas ainda assim a cidade não perde seu encanto.
Por aqui tem milhares de brasileiros espalhados. As vezes escuto um ou outro falando português no supermercado ou quando eu to parada no sinal.
A minha escola é bacana e as pessoas são legais, a professora é divertida e meio louca mas não tenho do que reclamar.
A busca por uma residência fixa para agilizar o processo do visto foi a pior parte pra mim até agora. Mas depois de uns trancos e barrancos encontrei um lugar pra ficar. Pelo menos por enquanto.
Os pubs são incríveis! Tem música o tempo todo, muitas vezes ao vivo e durante todos os dias da semana. A cidade não para, e a melhor parte é que na maioria deles você não paga pra entrar e não existe esse lance de consumação igual tem no Brasil. Você bebe se quiser e pronto.

Ainda sobre a cidade, acho que aqui é um dos lugares do mundo que mais tem pessoas falando idiomas diferentes. Eu escuto de tudo na rua, e na maioria das vezes não consigo nem identificar o idioma.

Eu ainda tenho milhões de coisas pra falar aqui sobre a cidade, mas também preciso contar como eu to me sentindo. E a pior parte disso é que eu nem sei como eu tô me sentindo. As vezes parece que não é a minha vida. Parece que eu dei um pause no Brasil e ok. Aqui meu coração aperta e me dá vontade de chorar sempre que as pessoas me mandam fotos. Eu sofro de saudade da minha família, do meu namorado, dos meus amigos e claro, do Bartolomeu, meu filho.

Dizem que quem mora fora aprende muito e se encontra. E é verdade. Em menos de duas semanas aqui já me peguei em situações desesperadoras e que só mesmo mantendo a calma e o equilíbrio pra conseguir resolver.

Quem inventa de sair da zona de conforto precisa ter o psicológico muito bom ou estar disposto a se manter sempre em harmonia. A vida aqui parece linda nas fotos e é, mas como tudo na vida não é um mar de rosas aqui também não é.

Em resumo, eu to amando a experiência apesar dos apesares.

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